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sábado, 1 de junho de 2013

A INFÂNCIA DE JÚPITER

A INFÂNCIA DE JÚPITER 
                       Como já lhes contei, Rea, a mãe de Júpiter, para salvar seu filho o deixou com as ninfas do bosque e voltou para junto de Saturno -Cronos-, seu esposo. 
                        As ninfas, muito solicitas, prepararam para o infante uma bela cama de ouro e nela o deitaram carinhosamente. Depois fizeram vir uma cabrita, alva como a neve, chamada Amaltéia, para que o amamentasse. 

                        No aprazível bosque também havia milhares de abelhas, que fabricavam um precioso mel, de grande doçura e inebriante perfume. Puseram-se todas a trabalhar ativamente, com seus zumbidos frenéticos, para produzir imensas quantidades de nutritivo e saboroso alimento, exclusivamente para o sustento do divino recém nascido. 

                        Do outro lado do mar veio um bando de pombinhas brancas, trazendo para o infante, em seus rosados bicos, a inefável ambrosia, alimento destinado aos deuses, para lhes dar e conservar a imortalidade.  Mais tarde veio uma águia de grandes e robustas asas, portadora de generoso néctar, a bebida própria dos deuses. 
                         A ninfa Adrástia, por sua vez, fabricou para o menino um maravilhoso brinquedo: uma bola de ouro cinzelada -(esculpida cuidadosamente com cinzel). A formosa ninfa  jogava para o alto a bola, e Júpiter, ao vê-la brilhar, agitava as mãozinhas e ria.
                        Algumas vezes, no entanto, como acontece a todos os bebes, ainda que sejam divinos, Júpiter tinha lá seus caprichos, suas teimas, gritava e chorava. As ninfas chamavam em seu auxílio os sacerdotes, que começavam imediatamente a dançar em circulo, na frente da gruta, batendo nos escudos de bronze com as espadas. Com tal barulho ensurdecedor, era impossível ouvir o choro do bebe... Saturno, que estava desconfiado, dificilmente o acharia; só mesmo por casualidade. 
                         Júpiter ia crescendo forte, são e maravilhosamente belo. Brincava no bosque com os pequenos faunos e sátiros, animais silvestres, ágeis e divertidos, cujo corpo era de homem, mas possuíam patas de cabrito e dois pequenos chifres entre cabelos.
Sobre a relva constelada de flores davam saltos e cambalhotas, executando incríveis acrobacias. A própria cabra Amaltéia tomava parte nesses movimentados folguedos. 
                          E assim foi passando o tempo, até que um dia Júpiter, já crescido, homem feito, sentiu-se confiante nas próprias forças e capaz de enfrentar o desnaturado pai, que quisera devorá-lo.
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No próximo episódio você irá saber como Júpiter tomou o trono do pai e passou a governar em seu lugar.
Nicéas Romeo Zanchett 
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